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Guiné-Bissau: Nove crianças vítimas de exploração no Senegal chegam quarta-feira a Bissau

Posted by Daniela Alves em abril 2, 2008


“Chegam nove crianças, a maior parte dos quais talibãs (estudantes do ensino corânico), vítimas de tráfico (exploração infantil)”, afirmou Laudolino Medina.

As crianças chegam ao aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, provenientes de Dacar por volta das 12:00 locais (13:00 em Lisboa), e serão entregues à suas famílias numa cerimônia que ocorrerá na quinta-feira em Gabu, leste de Guiné-Bissau.

O regresso das crianças guineenses ao seu país é feito no âmbito do programa de apoio à prevenção, ajuda ao regresso e reinserção social e profissional de menores em migração ou movimento na região da África Ocidental, que já resgatou do Senegal 175 crianças vítimas de tráfico.

Muitas destas crianças provenientes do Senegal são conhecidas como talibãs, estudantes do Corão, vítimas de abuso, exploração e maus-tratos pelos seus mestres corânicos.

O fenômeno das crianças vítimas do tráfico afeta além da capital senegalesa, outras cidades da África Ocidental como Banjul, Bissau e Conacri, onde é comum ver crianças mendigando.

O fenômeno das crianças vítimas de tráfico, muitos dos quais são alunos talibãs, assumiu proporções tão elevadas naquela região africana que a Organização Internacional das Migrações (OIM) criou um programa apenas dirigido ao retorno e reintegração de vítimas de tráfico na África Ocidental.

A OIM refere igualmente que a exploração inclui a prostituição de menores, trabalhos forçados, escravatura ou práticas semelhantes à mesma e a servidão.

No caso do Gana, a OIM tem trabalho no sentido de evitar que as crianças sejam sujeitas a trabalhos forçados no setor da pesca.

A prostituição de menores é outro dos fenômenos que afeta à região com contornos muitos semelhantes aos conhecidos na Europa, com cidadãs latinoamericanas e do leste europeu.

No caso dos talibãs, a luta contra o fenômeno tem enfrentado vários obstáculos, principalmente pelas operações de transporte das crianças serem cada vez mais encobertas.

Por outro lado, os pais consideram ser normal enviar as crianças para fazer os estudos corânicos fora do país e longe de casa, desconhecendo muitas vezes que os menores são explorados pelos seus mestres.

Outros pais consideram “normal” o sofrimento, considerando-o como parte do caminho para chegar a Deus.

Segundo a OIM, a maior parte dos talibãs resgatados das ruas e integrados não voltam a mendigar, mas organizações não-governamentais guineenses afirmam que muitas crianças são obrigadas a regressar às supostas escolas corânicas pelos seus pais.

Fonte: Com informações do Observatório do Igarve e Agência Lusa.

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